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Menos blablabla e mais ecologia.

Acordo de Paris: Um Pacto pelo Futuro

  • Foto do escritor: Gaia
    Gaia
  • 28 de jan.
  • 5 min de leitura

Muito foi se levado sobre o Acordo de Paris nos últimos dias, por isso talvez seja interessante esclarecer e contar um pouco sobre como tudo começou e a importância da neutralização de carbono. Se o nosso planeta Gaia tivesse um diário, 2015 estaria marcado como o ano em que ela finalmente conseguiu arrancar um "ok, vamos te ajudar" de quase todos os seus titãs. Foi nesse ano que o Acordo de Paris entrou em cena, unindo 196 países em um pacto ambicioso: manter o aumento da temperatura global abaixo de 2°C e, se possível, sonhar grande com o limite de 1,5°C. Um ufa! coletivo.


Mas, como em toda boa novela, sempre tem aquele personagem que dá um passo para trás e nos deixa gritando: "Por quê?!". Os Estados Unidos, liderados pelo então presidente Donald Trump, decidiu ao assumir o mandato em janeiro de 2025, que irão abandonar o barco. Vamos mergulhar nesse drama e entender o que essa saída significa para o futuro do mundo. Será que vale a pena negligenciar o futuro em prol do lucro imediato? (Eu sei que você já sabe a resposta).



O que é o Acordo de Paris, afinal?

Em resumo, o Acordo de Paris substitui o Protocolo de Kyoto. É uma espécie de selo verde global. Ele funciona como um compromisso onde cada país cria suas metas, chamadas de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), para reduzir emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e investir em soluções mais sustentáveis. É tipo aquela lista de resoluções de ano novo, mas para salvar o planeta.


Esse tratado global foi formalizado em 2015 na COP 21 em Paris (aham, por isso o nome), envolvendo 193 países e a União Europeia (atualmente formada por mais 27 países), totalizando 220 nações. O objetivo do acordo é reduzir essas emissões do dióxido de carbono para combater as mudanças climáticas e tentar manter o aumento da temperatura abaixo de 2°C, sendo 1,5°C o ideal. A partes envolvidas além de NDCs, contribuem com apoio financeiro e tecnológico entre si.


Dados mostram que, antes do acordo, o mundo caminhava para um aumento de temperatura de até 4°C até 2100. Parece pouco? Pois saiba que essa diferença pode transformar Gaia em uma sauna descontrolada, com derretimento de calotas polares, elevação do nível do mar, secas extremas e tempestades mais frequentes. Espécies seriam extintas devido às mudanças climáticas mais drásticas que acompanham esse aumento de temperatura, até os seres humanos sentirão na pele esse impacto. Acredite, não queremos isso.


A saída dos EUA: um baque para o clima

Os países desenvolvidos são os principais responsáveis pelas emissões de CO₂ na atmosfera, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) têm 55 participantes responsáveis por 55% das emissões mundiais, ou seja, menos de 30% das nações da Terra lançam mais da metade dos poluentes globais. Com a saída dos Estados Unidos da convenção no mandato de Donald Trump a situação pode se tortar ainda mais drástica.


Não é a primeira vez que o negacionista climático Donald Trump tira os EUA do Acordo de Paris, em 2017 ele retirou o país com a mesma justificativa, o fardo econômico “injusto”. Aumentando a exploração de recursos fósseis e poluição em prol de uma lucratividade que na visão do presidente é “justa” para com a natureza e os outros habitantes do mundo. 

É importante lembrar que a China é o maior emissor de CO₂ e os EUA o segundo com 14% das emissões globais de GEE. É como se o capitão de um barco em naufrágio dissesse: "boa sorte aí, galera!" e pulasse no primeiro bote salva-vidas. Na verdade, na Câmara Oval, o recém-eleito presidente dos EUA declarou quando questionado sobre o Brasil e outros países da américa latina: “Não precisamos deles, eles precisam de nós.”


Sem os EUA, o impacto no financiamento climático é imenso. Antes de sair, eles tinham se comprometido a investir bilhões de dólares no Fundo Verde para o Clima, que apoia países em desenvolvimento na transição para energias limpas. Resultado? Muitos desses países ficaram sem os recursos necessários para cumprir suas metas. Mas os Estados Unidos não foram os únicos a saírem do acordo, embora seu impacto seja expressivamente maior, Iêmen, Irã e Líbia também ratificaram entre 2015 e 2017. 


A saída americana enfraquece o espírito de cooperação internacional. Afinal, se a maior economia do mundo diz que não vai brincar, outros países podem se sentir tentados a fazer o mesmo. Isso cria um efeito dominó perigoso. Pelo alto impacto das emissões dos EUA do Acordo de Países, todas as outras nações ficam em alerta, precisamos nos esforçar ainda mais para evitar que as mudanças climáticas se agravem.


Estudos do Climate Action Tracker mostram que, se todos os países tivessem a mesma abordagem dos EUA pós-saída, o mundo estaria caminhando para um aumento de 3°C. Três graus pode não parecer muito, mas pense nisso como um aumento constante de temperatura no seu chuveiro: vai de relaxante a insuportável em segundos, em uma escala maior significa a destruição de biomas inteiros.


"Mudança climática é seu problema." - Riscado: "dos seus filhos".
Participação do Brasil no Acordo de Paris

Todos precisamos fazer nossa parte, desde exigir políticas públicas mais sustentáveis até adotar práticas mais verdes no dia a dia. Afinal, como diz o ditado: "de grão em grão, a galinha enche o papo" – e de atitude em atitude, podemos salvar Gaia. O Brasil precisa cumprir sua parte e para isso, expandimos nossa meta, tendo como uma das principais a redução de GEE entre 59% a 67% até 2035.


No início do tratado até 2018 conseguimos diminuir as emissões, mas durante o governo de Bolsonaro, mesmo durante a pandemia, conseguimos ter uma emissão ainda mais elevada do que à época da assinatura do tratado. Entre 2022 a 2023 o Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas, conseguindo diminuir 12% das emissões. 


O Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática estima que o país deve diminuir um volume de 850 a 1,05 bilhão de toneladas ao ano, a fim de atingir a meta até 2035. A próxima COP 30 acontecerá em novembro aqui, no Belém do Pará, colocando a floresta Amazônica e o Brasil como destaque na neutralização de carbono.


Por isso muitas marcas se posicionam de forma sustentável neutralizando suas emissões de Gases de Efeito Estufa, através do selo verde Gaia, Carbono Neutro. Isso significa que as atividades anuais de uma empresa que emitiram carbono foram mitigadas com projetos ecológicos, como reflorestamento de áreas naturais, apoiando a fauna e flora local.



Cooperação é a chave do futuro

O Acordo de Paris de 2015 é o herdeiro do Protocolo de Kyoto de 1997 na luta contra a emissão de Gases de Efeito Estufa. Um lembrete poderoso de que o trabalho em equipe é essencial para enfrentar a crise climática. A saída dos EUA mostrou como as escolhas de uma única nação podem impactar o todo. Por isso, é fundamental que todos os países, grandes ou pequenos, honrem seus compromissos e busquem o tão sonhado selo verde para suas economias.


Gaia agradece. E nós? Bom, também deveríamos, porque é nela que vivemos. 😉


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